O quarto dia de pedaladas continuava nos reservando grandes prazeres. Continuamos seguindo os marcos da Estrada Real rumo a Cruzília, povoado distante 34 km de São Tomé das Letras. Esse trecho da Estrada Real, apresenta um cenário pitoresco, com fazendas antigas, casebres idem, pessoas trafegando a cavalo pelas estradas batidas, montanhas e vales.
O dia amanheceu belo, com céu azul sem nuvens e com um clima agradabilíssimo que propiciava uma pedalada menos desgastante, mas que às vezes podia enganar nosso organismo. Tínhamos cuidado especial com nossa reidratação, bebíamos muita água e protegíamos nossa pele com boas doses de bloqueador solar, inclusive lábios que merecem uma atenção especial, com algum protetor umectante e com filtro solar.
Depois de aproximadamente 30 km depois de Carrancas, chegamos à Fazenda Traituba, um perfeito exemplar das grandes fazendas mineiras do século XIX, com sótão e porão que provavelmente foi senzala, com quinze janelas coloniais na fachada e uma escada externa que dá acesso à porta da frente. O Casarão todo cercado de muros altos com pátio interno gramado e três pórticos palacianos que dão acesso ao quintal. Confesso que fiquei com vontade de entrar naquele casarão, até pouco tempo ali funcionou um hotel-fazenda, atualmente voltou a ser simplesmente uma fazenda de criação de gado.
Como já disse anteriormente, os marcos da Estrada Real, vão nos dando várias informações por meio das placas neles fixadas. No início, vamos lendo todas que aparecem, com o passar dos quilômetros e o cansaço, vamos lendo somente algumas, principalmente aquelas que não nos obrigam a subir em um barranco para poder lê-las. Tive a felicidade de parar para ler mais uma, justamente em cima de um barranco, que trazia uma frase de Leon Tolstoi, escritor russo do século XIX, a placa estampava “Se queres ser universal, canta tua aldeia”. Essa máxima nos lembra que muitas vezes, no desejo de sairmos e conhecer o mundo, esquecemos de conhecer nossa própria aldeia e em alguns casos temos até vergonha de dizer de onde somos. Falar de nossa terra, acaba por tornar-nos iguais a tantos outros habitantes de outras terras. As mesmas angústias, os mesmos anseios e formas diferentes de ver a mesma coisa. Essas coisas que nos tornam tão humanos, também nos tornam universais ou globais.
Bom, passado o momento filosofia, vamos pedalar que é pra isso que estamos aqui. Outra fazenda importante e imponente, é a fazenda Favacho, de estilo colonial, possui uma capela dedicada a São José inaugurada em 1761. É nessa região o berço da raça de cavalos Manga-larga-marchador, essa foi mais uma informação que tiramos das placas informativas dos marcos da Estrada Real.
Cruzília está a cerca de 15 km da cidade de Baependi, no circuito da águas, que inclui ainda as cidade de Caxambu, São Lourenço e Pouso Alto. Hospedamos-nos em Caxambu, nesse dia rodamos 98,59 km, a velocidade máxima foi de 58,9 km/h e a média de apenas 14,9 km/h.
Saímos de Caxambu às 6 horas com o intuito de dormirmos no Estado de São Paulo, passamos por Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Capivari, Itanhandu e Passa Quatro, cidades que compõem o circuito das terras altas da Mantiqueira com longas subidas e descidas alucinantes, acabamos por desviar da Estrada Real e seguirmos pelo asfalto e ainda de manhã, cruzamos a divisa de Minas Gerais com São Paulo. Esse desvio pelo asfalto, nos poupou do desgaste de fazermos o percurso conhecido como Garganta do Embaú, porém, nos privou de toda a beleza que a “garganta” oferece aos que aceitam o desafio de cruzá-la. A Garganta do Embaú era o caminho que os bandeirantes faziam para subir a Mantiqueira rumo ao sertão das Minas Geraes.
Almoçamos na cidade de Cruzeiro a 31 km de Passa Quatro, com um terreno mais plano, aproveitamos para pedalar até a cidade de Guaratinguetá, passando por Cachoeira Paulista e Lorena (Guaipacaré como era conhecida na época das bandeiras). Lorena é hoje um importante pólo industrial do Estado de São Paulo, a cidade fundada em 1788, foi importante parada para tropeiros e exploradores. A cidade com cerca de 82 mil habitantes, possui belas construções históricas como alguns solares dos barões do café e as igrejas N. Sra. da Piedade e de S. Benedito. Infelizmente, atravessamos Lorena fazendo uma média de quase 30km/h, nosso objetivo era chegar a Gauratinguetá. A bordo das bikes, fizemos um turismo acelerado com visão de canto de olho.
Nesse quinto dia de pedaladas, dia das mães, rodamos 148,75 km, com velocidade média 18,6 km/h e tempo de pedalada efetiva de 7h56’56”. Dormimos em Guaratinguetá, cidade de Frei Galvão, canonizado pelo vaticano há um ano, dia 11 de maio de 2007.
O dia amanheceu belo, com céu azul sem nuvens e com um clima agradabilíssimo que propiciava uma pedalada menos desgastante, mas que às vezes podia enganar nosso organismo. Tínhamos cuidado especial com nossa reidratação, bebíamos muita água e protegíamos nossa pele com boas doses de bloqueador solar, inclusive lábios que merecem uma atenção especial, com algum protetor umectante e com filtro solar.
Depois de aproximadamente 30 km depois de Carrancas, chegamos à Fazenda Traituba, um perfeito exemplar das grandes fazendas mineiras do século XIX, com sótão e porão que provavelmente foi senzala, com quinze janelas coloniais na fachada e uma escada externa que dá acesso à porta da frente. O Casarão todo cercado de muros altos com pátio interno gramado e três pórticos palacianos que dão acesso ao quintal. Confesso que fiquei com vontade de entrar naquele casarão, até pouco tempo ali funcionou um hotel-fazenda, atualmente voltou a ser simplesmente uma fazenda de criação de gado.
Como já disse anteriormente, os marcos da Estrada Real, vão nos dando várias informações por meio das placas neles fixadas. No início, vamos lendo todas que aparecem, com o passar dos quilômetros e o cansaço, vamos lendo somente algumas, principalmente aquelas que não nos obrigam a subir em um barranco para poder lê-las. Tive a felicidade de parar para ler mais uma, justamente em cima de um barranco, que trazia uma frase de Leon Tolstoi, escritor russo do século XIX, a placa estampava “Se queres ser universal, canta tua aldeia”. Essa máxima nos lembra que muitas vezes, no desejo de sairmos e conhecer o mundo, esquecemos de conhecer nossa própria aldeia e em alguns casos temos até vergonha de dizer de onde somos. Falar de nossa terra, acaba por tornar-nos iguais a tantos outros habitantes de outras terras. As mesmas angústias, os mesmos anseios e formas diferentes de ver a mesma coisa. Essas coisas que nos tornam tão humanos, também nos tornam universais ou globais.
Bom, passado o momento filosofia, vamos pedalar que é pra isso que estamos aqui. Outra fazenda importante e imponente, é a fazenda Favacho, de estilo colonial, possui uma capela dedicada a São José inaugurada em 1761. É nessa região o berço da raça de cavalos Manga-larga-marchador, essa foi mais uma informação que tiramos das placas informativas dos marcos da Estrada Real.
Cruzília está a cerca de 15 km da cidade de Baependi, no circuito da águas, que inclui ainda as cidade de Caxambu, São Lourenço e Pouso Alto. Hospedamos-nos em Caxambu, nesse dia rodamos 98,59 km, a velocidade máxima foi de 58,9 km/h e a média de apenas 14,9 km/h.
Saímos de Caxambu às 6 horas com o intuito de dormirmos no Estado de São Paulo, passamos por Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Capivari, Itanhandu e Passa Quatro, cidades que compõem o circuito das terras altas da Mantiqueira com longas subidas e descidas alucinantes, acabamos por desviar da Estrada Real e seguirmos pelo asfalto e ainda de manhã, cruzamos a divisa de Minas Gerais com São Paulo. Esse desvio pelo asfalto, nos poupou do desgaste de fazermos o percurso conhecido como Garganta do Embaú, porém, nos privou de toda a beleza que a “garganta” oferece aos que aceitam o desafio de cruzá-la. A Garganta do Embaú era o caminho que os bandeirantes faziam para subir a Mantiqueira rumo ao sertão das Minas Geraes.
Almoçamos na cidade de Cruzeiro a 31 km de Passa Quatro, com um terreno mais plano, aproveitamos para pedalar até a cidade de Guaratinguetá, passando por Cachoeira Paulista e Lorena (Guaipacaré como era conhecida na época das bandeiras). Lorena é hoje um importante pólo industrial do Estado de São Paulo, a cidade fundada em 1788, foi importante parada para tropeiros e exploradores. A cidade com cerca de 82 mil habitantes, possui belas construções históricas como alguns solares dos barões do café e as igrejas N. Sra. da Piedade e de S. Benedito. Infelizmente, atravessamos Lorena fazendo uma média de quase 30km/h, nosso objetivo era chegar a Gauratinguetá. A bordo das bikes, fizemos um turismo acelerado com visão de canto de olho.
Nesse quinto dia de pedaladas, dia das mães, rodamos 148,75 km, com velocidade média 18,6 km/h e tempo de pedalada efetiva de 7h56’56”. Dormimos em Guaratinguetá, cidade de Frei Galvão, canonizado pelo vaticano há um ano, dia 11 de maio de 2007.
Um comentário:
Grande Rony Von.... Pelo jeito vc anda fazendo muita coisa além de ASI em Lavras......hehehehe... Fabricio
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