De São João Del Rei a Carrancas – 78,33 Km.
Saímos de São João Del Rei às 06h rumo
a São Sebastião da Vitória, a terra do pão de queijo recheado, é claro que não
podíamos deixar de comer um ou dois. Devido ao terreno alagado e o córrego
estar cheio, pegamos o asfalto até São Sebastião, comemos o famoso pão de
queijo que merece a fama que tem, abastecemos nossa despensa móvel, pois
iríamos acampar em Carrancas.
A caminho de Caquende |
Em Rio das Mortes |
Seguimos pela Estrada Real rumo a
Caquende, muito barro, muitas deslizadas e muitas paradas para tirar barro das
correntes e dos pneus. De longe já avistamos a represa de Camargos, formada
pelo Rio Grande e que gera energia desde 1960. Passamos por Caquende, quando
descobrimos que havíamos nos esquecido
de comprar álcool para o nosso fogareiro, e como Caquende não tinha nenhuma
venda, uma moradora nos ofereceu um pouco de álcool, o que foi mais que o
suficiente.
Esperando a balsa para atravessar a represa de Camargos |
Capela de N. S. da Conceição do Porto do Saco –iniciada em 1790 |
Chegamos no atracadouro da balsa e
esperamos por cerca de uma hora, apitamos, gritamos, acenamos com os braços e
nada. Depois de muita espera alguém informou que a bendita estava quebrada.
Enquanto tentávamos outra maneira de atravessar, um barco a motor chegou
trazendo outro ciclista, que fazia a Estrada Real de Parati a Ouro Preto. Ele
nos contou que saíram vários ciclistas, mas depois de enfrentarem a subida da
serra do mar em Parati os outros desistiram e ele continuou sozinho.
Atravessamos a represa no barco a motor
abastecemos em uma pousada em Capela do Saco, que fica do outro lado da represa
e seguimos em direção à serra de Carrancas.
O percurso é ótimo e de longe já
podemos ver a serra de Carrancas. Em outros tempos, ela era um desafio bem
maior do que é hoje. Mas mesmo assim é uma esplêndida subida.
A estrada foi alterada para facilitar a
subida de carros, com isso perdeu um pouco da beleza e do desafio, mas a
vegetação, as nascentes de água, o silêncio e frio fazem daquela subida um dos
melhores momentos da Estrada Real.
Decidimos acampar no alto da serra, a
neblina dominava o cenário, o vento soprava forte e o frio convidava ao
agasalho.
Fotos acima: durante a subida à Serra de Carrancas |
Usamos lenços umedecidos e água que
recolhemos em uma nascente para tomar o melhor banho que se podia, armamos as
barracas e preparamos um surpreendente macarrão com sardinhas e para animar um
bom cappuccino e acampamos a mais de 1.300 m de altitude. A Serra de Carrancas
atinge 1590m de altitude.
Acampamento na serra |
2 comentários:
Rony, que os unaienses possam ver e contemplar material tão interessante, que mostra com riqueza de detalhes mais essa incrível jornada do seu cicloturista mais obstinado. Sinceramente me deu vontade de subir na bike e pegar esses caminhos. Parabéns!
Preciso do nome da rua em caquete a oi tema que em caquente a oi pega bem por favor manda para mim obrigado !
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