Texto: R. Camargos
Fotos: Leonardo Valladão e R. Camargos.
Treinando para o Caminho da Fé - Rio Preto - Unaí-MG |
O Caminho da fé é uma peregrinação
ou um percurso criado há cerca de dez anos por uma associação baseada em Águas da Prata . Meu cunhado Leonardo e eu atendemos ao chamado do caminho entre os dias 03
e 11 de agosto de 2013.
Começamos nossa peregrinação na
cidade de Tambaú em São Paulo, depois de encararmos uma maratona que incluiu uma
viagem à Brasília de carro, um voo até Campinas e mais quatro horas de ônibus
até Tambaú.
No dia 04, um domingo, saímos de
Tambaú rumo à cidade de Vargem Grande do Sul passando por Casa Branca, um
percurso de 57,83 Km de topografia razoável e paisagem inicialmente monótona,
mas que aos poucos ganha aquele ar de viagem de cicloturismo. Também, à medida
que encontramos as pessoas pelo caminho, vamos entrando no clima de
peregrinação espiritual. No primeiro dia avistei uma raposa, que correu pela
estrada por alguns segundos à frente da bicicleta.
1° dia saindo de Tambaú-SP |
Preparando para seguir as setas. |
Casa Branca é uma bela e pequena
cidade paulista, com pessoas amáveis, arquitetura que remete ao ciclo das
grandes fazendas de café e gado do início do século passado. A bela igreja
Matriz de nossa Senhora das Dores e o santuário do Desterro, onde estava
acontecendo uma festa, são alguns dos marcos religiosos da cidade. Um
motociclista gentilmente nos mostrou o caminho a seguir. Como era nosso primeiro
dia de viagem, não tínhamos ainda nos concentrado nas setas amarelas que guiam
o peregrino pelo caminho. Então alguns erros aconteceram, mas nada que
preocupasse. Eu havia comprado o guia escrito pelo Antônio Olinto, que foi de
grande ajuda na viagem e tem sido na redação deste texto. Em Casa Branca
aproveitei para provar dos doces magníficos da cidade: de batata roxa, figo e amendoim,
pode comer mais, pois ainda tem muito pedal pela frente.
Clicando nas fotos elas poderão ser ampliadas |
O Sol já nasceu na estrada nova, e mesmo que eu impeça ele vai brilhar...(Osvaldo Montenegro) |
Depois de um lanche em Casa
Branca, algumas fotos e um passeio pela cidade, seguimos rumo à Vargem Grande
do Sul, a saída de Casa Branca ficou um pouco confusa, perdemos o caminho.
Atravessamos uma rodovia nova e bem conservada e retornamos ao Caminho alguns quilômetros adiante. Com a queda de uma ponte, que uma placa informava e sugeria seguir pelo asfalto, seguimos o trajeto pela rodovia com ótimo acostamento.
Em Vargem Grande, almoçamos no restaurante do Gaúcho, um prato feito (muito bem
feito). O restaurante está em frente à praça da igreja Matriz de Santana. O proprietário é um simpático gaúcho que já
morou em Brasília e nos contou como ficou emocionado com a visita do Papa ao
Brasil há duas semanas. Quando falamos que pretendíamos chegar à pousada da
Dona Cidinha, Gaúcho sacou o telefone e ligou pra sua amiga, que por sua vez
ofereceu uma carona ou um transporte da bagagem, já que estavam ali perto e
iriam para o sítio em instantes. “cicloperegrino”que se preza, agradece e
recusa caronas e outras facilidades, carrega sua própria carga penitentemente e com um certo orgulho. Barriga cheia, rodas na
areia. Lá fomos nós rumo à já lendária
Dona Cidinha.
A secagem do café |
A chegada à pousada de Dona
Cidinha apresenta os primeiros desafios físicos, está a apenas 13 Km da cidade,
mas são 13 km pedalados no ritmo ditado
pela serra de São Roque da Fartura. Já próximo à pousada, a serra nos fez
caminhantes pela primeira vez. Destravamos as sapatilhas pra “tiramos uma foto”
e como já estávamos desmontados...resolvemos empurrar as bikes.
Se o futuro ”cicloperegrino” for
daqueles ciclistas que se orgulham de não empurrar a bike em uma subida, e acha
que isso é para os fracos. O Caminho da Fé nos dá, mais cedo ou mais tarde, uma
lição de humildade e reverência aos obstáculos que a vida nos reserva. Logo
perceberemos que até mesmo os ciclistas serão caminhantes. Empurrar a bike se
tornará uma constante, ainda mais se sua bagagem pesar cerca de 15 quilos.
A casa da árvore |
Chegando em Águas da Prata |
A pousada de Dona Cidinha e seu Francisco é um
alívio para o corpo e para a alma, o casal é extremamente simpático e
prestativo, Dona Cidinha recebe todos com um abraço e já se oferece para lavar
as roupas, enquanto seu Francisco nos mostra os aposentos onde ficaremos. O
jantar é ótimo, à beira do fogão à lenha, seguido de vários doces para aqueles que
conseguirem deixar um espacinho no
estômago. O pouso é reconfortante, a
vista do sítio deslumbrante, o clima revigorante, o café da manhã, bem, esse é
o combustível do caminhante. - Desculpem-me os poetas pelas rimas miseráveis.
Dados do Primeiro dia:
78,5 Km rodados, Hospedagem 40,00
e compras, comida e água 52,00
Leonardo, Francisco, D. Cidinha, Joaquim e eu |
A ponte de pedra |
Atravessando à vau |
O segundo dia de pedaladas
começou com a subida da serra rumo à São Roque da Fartura, um caminho belíssimo
que dá início ao percurso na serra da Mantiqueira. São Roque é um distrito de Águas
da Prata, e o percurso é em meio a cafezais, serras e alguns trechos de mata. Avistamos
aves como tucanos, seriemas, gaviões carrapateiros, Carcarás,
Gavião-do-rabo-Branco entre outras espécies inclusive de mamíferos. Nesse dia foram várias cancelas
que tivemos que ultrapassar e para isso tínhamos que tirar os alforjes das
bicicletas. Encontramos uma árvore que era um verdadeiro abrigo, daria para
umas quatro pessoas acampar em seu tronco. Chegamos a Águas da Prata, por volta
do meio dia, resolvemos almoçar na cidade e logo seguimos para uma pousada
próxima a Andradas. Teve algumas subidas fortes e umas descidas que seriam verdadeiros
Downhills, não fossem os alforjes.
Chegamos a uma formação interessante chamada ponte de pedra, um ótimo lugar
para um banho, mas a água estava geladíssima.
Resolvemos dormir na Pousada do
Gavião. Não é um refúgio para peregrinos, no entanto, diante do cansaço,
resolvemos nos hospedar ali mesmo. É uma ótima opção para quem prefere dormir
fora da cidade, possui boa estrutura e tem preços justos.
Nesse segundo dia rodamos apenas
49,17 Km, com uma ascensão de cerca de 750 m, uma subida que se prolonga por uns
20 Km, gastei 50,00 com pousada, 12,00 com jantar e 8,00 com água e lanche.
Vários caminhos em um dia |
3° dia – 06/08/13 – tempo sem
chuvas, pouco vento e temperatura amena, terreno com pouca poeira, foi assim
por toda a viagem. O terceiro dia começa com boas descidas até a cidade de
Andradas, onde aproveitamos para ir a uma oficina de bicicletas comprar um par
de pastilhas de freio, uma vez que os freios vinham sendo muito exigidos até o
momento.
Andradas é uma bela cidade e vale
planejar o roteiro para chegar ali para pousar.
Seguimos viagem agora rumo à
Barra, um distrito dividido entre Andradas e Ouro Fino, o desafio do dia era a “Serra
dos Limas”, uma subida abrupta revestida de asfalto, que não aceita um ataque.
Devemos escala-la compassadamente, sem pudor de usar a coroa menor e a catraca
maior e não é vexame empurrar a bike em pleno asfalto, são cerca de 2 Km de
subida que começamos a pedalar a uma altitude de 1000 m e terminamos em 1.200 m
de altitude. Com o fim da subida acaba o asfalto e alguns quilômetros depois começa
uma bela descida rumo a Barra, paramos
ali para um almoço, comemos dois belos sanduíches feitos com pão
francês, muito lombo, queijo e tomate feitos pela dona da pousada Tio João.
Depois de um descanso seguimos rumo à Crisólia, mas antes, tínhamos que escalar
a subida de Barra. E pode-se crer é
“Barra!!!” Logo no final da subida, uma bica d´água gelada que desce do alto da
serra, acima da bica dá para recolher água potável. O Caminho da fé é repleto
de fontes de água potável, algumas são indicadas por placas, outras estão
dentro de sítios, que os proprietários gentilmente anunciam que ali há água
potável à disposição do Peregrino.
Crisólia é um simpático distrito
há seis quilômetros de Ouro Fino, ali você pode carimbar o passaporte no bar da
Zeti e de quebra ter um bom papo com a própria, que é uma pessoa muito
simpática.
A topografia entre Crisólia e
Ouro Fino é bem amigável e Ouro Fino é uma bela cidade de mais de 270 anos, com
casarões antigos, uma belíssima igreja, a Matriz de São Francisco de Paula e
ótimas trilhas de Montain bike, segundo nos contaram alguns ciclistas da cidade.
Na entrada da cidade o belo monumento ao menino da porteira, uma estátua de
cerca de 10 m
de altura. Na cidade há a Casa do Peregrino com quartos de 40,00 por pessoa.
Resolvemos ficar em uma bela e nova pousada a 60,00 por pessoa com apartamentos
bem confortáveis “Pousada Don Paolo”dos mesmos proprietários da Pizzaria Don
Paolo cujas pizzas grandes estavam ao preço de 30,00 e devo dizer é uma ótima
pizzaria.
Quilômetros rodados nesse dia
54,72, média de 11 Km/h Hospedagem 60,00, almoço e jantar 41,00, lanches 6,00.
Ouro Fino. |
A colheita do morango |
Vista aérea sem sair do chão |
Pessoas pelo Caminho. Saindo de Ouro Fino |
4° dia – 07 de agosto, saímos às
7:00 horas, e, 8 km depois de Ouro Fino, passamos pela cidade
de Inconfidentes com cerca de 7.000 habitantes e com a bela Igreja de São
Geraldo saudando os visitantes. Passamos pelo povoado de Águas Livres e
chegamos à Borda da Mata com cerca de 17
mil habitantes, uma cidade com uma bela praça em frente a uma igreja que faz jus à praça, trata-se da
basílica de Nossa Senhora do Carmo. A cidade tem boa infraestrutura para se
hospedar, o lugar é
agradabilíssimo. Normalmente os
peregrinos com bom preparo físico, que fazem o Caminho da Fé à pé, saem de Ouro
Fino e dormem em Borda da Mata cujo percurso é de 29,41 Km. Os
“cicloperegrinos” que dormiram em Ouro Fino, seguem viagem. Vamos dormir em
Tocos-do-Moji, distante apenas 16,6 Km. Tudo por conta das subidas, e das
paradas para apreciar o lugar que é belíssimo. No final da serra mais puxada um
adesivo em uma parada de ônibus nos lembra “Não desanime, Jesus te ama” bem
apropriada para aquelas paragens. Um trabalhador das lavouras de café me disse
que a “bruta” se chama Serra dos
Aurélios. As plantações de morango dão um toque especial ao caminho, o cheiro
nos acompanha por um longo percurso. Em tocos-do-Moji, tem a Pousada do
Peregrino com quartos de 30,00 por pessoa e carimbam o passaporte. Encontramos
uma boa alternativa, alugamos uma casa, pagamos 50,00 e ficamos com uma casa
com cozinha, banheiro, local para lavarmos as roupas, cada um dormindo em um
quarto da casa e toda a privacidade de
um lar. No outro dia, comemos na padaria e partimos para mais uma etapa. Antônio
Olinto explicou em seu guia que o nome da cidade vem da palavra grega Tokos que
significa parto, nascimento, é que ali nasce o rio Moji, daí o nome que não tem
nada a ver com tocos de árvores e pronuncia-se como uma paroxítona, alguns
moradores sabem do significado, outros atribuem à palavra tocos à língua
Guarani.
Km rodados: 48,88, média 11 km/h
max. 54,7 Km/h – Hospedagem 25,00, comida 9,00 água e compras 11,00.
Um cavaleiro segue seu caminho |
Solidariedade ao peregrino |
Se todos os declives eram acentuados, esse aqui então... |
5° dia – 08 de agosto - Tocos do Mogi – Consolação – Na planilha
eram apenas 40,41 Km, mas nesse percurso havia
serras como a de Tocos do Mogi, a do Pântano dos Teodoros e a do
Caçador, aclives cujas dificuldades eram diretamente proporcionais à beleza das
paisagens. Esse trecho foi o mais belo em minha opinião, dedicamos muito tempo
às fotografias e à contemplação das serras. Os dados do dia: 41,86 Km rodados
(sempre há uma variação em relação às planilhas, devido principalmente às
pequenas mudanças de percurso) velocidade média: 10 Km/h; Max. 45,7 Km/h, gastos com pousada e jantar
R$ 40,00, lanches e água: R$ 20,50
Interior da Igreja de São José |
Igreja de São José em Paraisópolis |
Leonardo, D. Ines, Seu José, Rony e Cachorro |
Cachoeira na serra da Luminosa. |
Cachoeira depois de Consolação |
6° dia – 09 de agosto –
Consolação – Luminosa: à exemplo do dia anterior, o percurso é belíssimo,
saímos um pouco antes das 7 horas, lanchamos na bonita cidade de Paraisópolis
com suas praças bem cuidadas e sua bela igreja, a matriz de São José. Em sua
praça estavam expostas, belas esculturas em madeira de vários santos. Um
morador explicou-me que as esculturas foram feitas por dois artistas da cidade de Gonçalves-MG e que a madeira usada
foi de uma árvore que havia morrido. De Paraisópolis à Luminosa, são 23,87 Km
com uma subida desafiadora, com algumas
cachoeiras e um pequeno percurso pelo Município de São Bento do Sapucaí em São
Paulo. Um morador da região me contou que ali, antigamente era Estado de Minas,
mas houve uma barganha, na qual Minas Gerais ficou com Luminosa e São Paulo
ficou com aquele “bico” de terra, o morador disse que era paulista e que
naquela época da dita “barganha” os mineiros passaram a perna nos paulistas.
Rivalidades à parte, acho que os dois estados saíram ganhando, cada um ficou
com lugares belíssimos e terras férteis.
Luminosa é um pequeno povoado, um distrito do Município de Brazópolis, a chegada é por uma
descida estonteante cuja beleza da paisagem nos obriga a interromper o Downhill em vários momentos. Fizemos um
lanche em Luminosa e rumamos morro acima. A serra, que é uma das pérolas do
Caminho, e, sem dúvida o maior desafio, possui uma pousada a cerca de 4 Km. A
pousada da Dona Inês e de Seu José. Uma
bênção de lugar para acolher o peregrino. Bons aposentos, porém simples, a
comida é um manjar com a simplicidade da comidinha da roça. E as pessoas,
abençoadas como devem ser os anjos. Foi
uma estada gratificante e vale o conselho, se você passar por ali, por volta
das quinze horas é melhor se hospedar nesse sítio, pois o que vem depois é
“pedreira” e não deve ser nada agradável
fazer o percurso da “Luminosa” sem a luz do sol. Sem falar que você vai perder
um espetáculo de amanhecer na serra, e, sem falar ainda que você perderá o mais
importante, o convívio breve, mas com efeitos duradouros, com pessoas
especiais.
Dados do dia: 50,96 Km rodados, Média 10,2 Km/h, Max. 54,7
Km. Hospedagem com jantar e café da
manhã, R$ 30,00, Lanches e água: R$ 19,00.
Cavaleiros de Luminosa |
Tropa próximo a Luminosa |
Morador da Serra da Luminosa |
7° dia- da Serra da Luminosa a
Campos do Jordão: Subir a serra da Luminosa, adiantando quase 4 Km, e na parte
da manhã é uma ótima estratégia. A subida é no ritmo dos caminhantes, empurra a
bike, para pra fotografar, pra olhar e
respirar. Ninguém vai ligar para o cansaço.No topo da serra está a divisa de
Minas Gerais e São Paulo, assinalada em uma pedra. Escalamos em Minas Gerais
para “dropar” em São Paulo, a visão é paradisíaca. Depois de uma bela descida e
uma pequena subida, chegamos ao asfalto que liga ao bairro de Campista na
divisa dos municípios de São Bento do Sapucaí e Campos do Jordão. A chegada à
Campista é uma descida longa, sinuosa e sem acostamento, ou seja, adrenalina
pura. Comemos uns pastéis pra lembrar que estamos em São Paulo e pegamos mais
subida rumo a Campos do Jordão, cerca de 20 Km. Como é bom chegar a Campos do
Jordão, cidade movimentada e bonita, sua sofisticação destoa do Caminho da Fé,
mas é só chegar ao Refúgio do Peregrino e
sentir de novo a vibração do Caminho.
O Refúgio é administrado pela
simpática Bianca, que vive o “Caminho” na sua maneira de viver e ver o mundo. Campos do Jordão é badalação, mas para
“cicloperegrinos” cansados como estávamos
foi sinônimo de sono tranquilo e reparador.
Durante minha viagem li o livro
do Gabriel Garcia Marques “o Relato de um Náufrago”, foi uma experiência gratificante e complementar ao caminho. Fiz
questão de enviar o livro para fazer parte da biblioteca do Refúgio do
Peregrino.
Dados do Dia: 32,49 Km rodados, média 10,2 Km/h Max. 59,7
Km/h. Hospedagem: 40,00; Jantar R$ 28,50, Lanches e água R$ 13,50.
O pequeno distrito de Luminosa ao fundo. |
Campos do Jordão |
Estação do Bondinho em Campos do Jordão |
8° dia, 11 de agosto – Campos do
Jordão – Aparecida. Sei que falei de várias descidas alucinantes, mas a descida
da serra de Campos do Jordão foi insuperável. Apesar de não ter desenvolvido a
maior velocidade da viagem, foi a
descida que requereu maior concentração,
o frio foi cortante, eu tremia tanto que não arriscava soltar os freios, a
máxima foi de 52,5 Km/h mas mesmo assim deu aquela sensação de alta velocidade.O
vento frio, o movimento dos carros, o acostamento perfeito, tudo era festa. O
trecho é fácil, rodamos 79,93 Km e chegamos à Aparecida, fomos direto à
Basílica. È emocionante ficar naquele imenso pátio olhando a grandeza daquele
templo religioso. As pessoas, curiosas vinham nos perguntar qual havia sido o
percurso que fizéramos, nos parabenizavam por ter chegado ali de bicicleta.Eu
agradecia a Deus por ter alcançado meu objetivo.
Em todas as cicloviagens que
realizo faço mentalmente uma oração de agradecimento por aqueles
momentos extraordinários que estou vivendo. Em Aparecida, resolvi escrever essa oração
e a deixar na Basílica em nome de todos os cicloturistas e peregrinos que se
aventuram pelos caminhos, seja por turismo ou em uma busca espiritual. Gostaria
de compartilhar neste blog essa oração, que até então era só minha.
Meu Senhor, Meu Deus.
Há algumas semanas eu lhe pedia:
Coragem, Saúde e forças, para
realizar minha jornada por este Caminho.
Há alguns dias, eu continuava a
pedir-lhe coragem, saúde e forças para concluir minha jornada.
Hoje, meu
Pai!Quero agradecer-te pela coragem, saúde e forças que concedestes a mim.
Só assim, concluí meu Caminho.
Estou certo, meu Deus, que nas
próximas jornadas, tu me atenderás sempre que assim eu lhe rogar. Amém.
Túnel depois da descida da serra. Cuidado acostamento escorregadio!!! |
Missão cumprida pro Leo. |
Missão cumprida pra mim. |
Havíamos concluído o Caminho da
Fé, mas ainda queríamos pedalar mais, seguimos para Guaratinguetá e lá iniciamos o trecho da Estrada Real que
termina (ou começa) em Paraty- RJ, depois de cinco anos, eu seguia de novo as
planilhas e marcos do Caminho do Ouro, mas essa é outra história.
Jenkel e Roger pequenos amazona e cavaleiro da Estrada Real |
Curvas Paraty |
Cachoeira da Pimenta - Cunha |
Vista de Cunha - SP |
O Primeiro marco da Estrada Real que guia rumo às Minas Gerais |
Pensando no mar |
TRILHA DO BREJINHO_CLIQUE PARA ABRIR
Cachoeira da jiboia2009_clique aqui
PEDAL DAS CACHOEIRAS_2013
CAVALO BRAVO NOTURNO_2013
PEDAL DA FARTURA
NATALANDIA 2013
Pedalada de 12 de outubro 2013
Trilha do Novato Fevereiro 2014
PEDAL CAHOEIRA DO PILÃO 2014
2 comentários:
Parabéns Rony e Leonardo pela determinação. Lendo o texto e vendo as fotos, de certa forma também participei da aventura. Show!!!
Parabéns pela aventura e pelo relato. Já percorri a ER e agora pretendo fazer o caminho da fé.
Um grande abraço.
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