natureza e pedaladas: CAMINHO DA LUZ 2011

Fotos: Leonardo Valladão e
Rony Von dos Reis de Camargos

Entre os dias 03 e 06 de julho, aconteceu o 3°. Bike Luz, foram percorridos cerca de 185 Km pelo Caminho da Luz. É a terceira edição de um passeio que certamente se firmará no Brasil como um dos principais destinos do cicloturismo no país.

Dependendo do roteiro do cicloturista, o percurso pode variar um pouco. Há a possibilidade de visitar diversas cachoeiras, fazendas e as famílias iluminadas.

O Caminho foi criado por Albino Neves há onze anos, mas o passeio coletivo de bicicleta só começou em 2009. Participaram cerca de 60 ciclistas do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Pará.

Não se pode dizer que o caminho é difícil de percorrer. O ritmo é de cicloturismo e as distâncias são relativamente curtas. Mas, é bom estar bem preparado fisicamente para enfrentar as inúmeras subidas. O caminho corta uma das regiões mais montanhosas de Minas

Para quem vai de ônibus o primeiro destino é Belo Horizonte, depois, pega-se um ônibus para Carangola e outro para Tombos. Em Tombos inicia-se o passeio. Na base da imensa cachoeira de Tombos (a terceira em volume de água de Minas Gerais) é oferecido um café da manhã a todos os participantes do evento.

De Tombos a Catuné são 27,7 Km, o primeiro dia é tranqüilo, com subidas pequenas. Visitas a cachoeiras e passagem por antigas fazendas. Os ciclistas ficam hospedados em uma escola. Para quem quiser, há a opção de hospedagem em pousadas.

No segundo dia o passeio vai de Catuné a Faria Lemos são 46,15 Km, o segundo dia é desafiante, não só pela distância, mas, também pelas subidas como a Lombo do Burro, quase 4 Km de subida íngreme por uma paisagem magnífica. Esse trecho oferece verdadeiros Downhills, que o cicloturista tem que se conter para não correr riscos desnecessários. Nesta edição de 2011 tivemos duas contusões que tiraram os participantes do passeio.

O terceiro dia de percurso é entre as povoações de Faria Lemos a Caiana, passando por Carangola, foram mais 52 km rodados.

Nesse dia percorre-se a antiga estrada de ferro Leopoldina que vai da parada General à casa da Ernestina. O trajeto é um aclive leve no corte da montanha que abrigava a antiga linha férrea. É o trecho mais bonito do caminho. Nem percebemos a subida. Mas antes transpusemos a serra dos cristais com sua subida desafiante e sua descida alucinante.

Último dia, a pedalada sai de Caiana e chega-se a Alto Caparaó, passando por Espera Feliz, Pedra Menina e Caparaó.Rodamos mais 53 km agora com menos subidas, mas em uma paisagem marcante. De longe vemos a serra do Caparaó onde está o situado o Pico da Bandeira com 2.892 m. É o terceiro maior pico do Brasil e o primeiro acessível por turistas não especializados em alpinismo.

A subida ao Pico da Bandeira vale o passeio, é um bônus para todos os que trilharam uma das regiões mais belas do Estado de Minas Gerais, por montanhas, cafezais, vales verdejantes cortados por riachos que infelizmente em muitos casos estão extremamente poluídos. Com frio e ventos cortantes o alto da montanha oferece uma visão de 360° da região na divisa dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.