DE UNAÍ À CHAPADA DOS VEADEIROS - CAMINHO DO FORTE-GO.
O sol anda não tinha saído quando
começamos a Pedalar rumo à cidade de Cabeceiras em Goiás. A trupe era formada
pelos cicloturistas, Adriano, Alexandre, Aurélio, Eduardo – Cabeça, Kenio,
Roberto – primo, Dilson Zapp, Paulo Frank e eu. Pela primeira vez eu estava
fazendo uma viagem com carro de apoio, o
piloto ninguém menos que o Fernando Henrique, não o ex-presidente, mas o
chefe da viatura. Eduardo, não à-toa denominado Cabeça, era o organizador da
viagem. Pelo Whatsup já mandou: primeiro dia 70 Km, 95 no segundo, 120 no
terceiro, 65 no quarto dia e 30 Km no quinto dia. Por um golpe do destino
nenhuma das quilometragens bateu. Bom pra nós que queríamos pedalar.
No primeiro dia de muita poeira,
a quilometragem ultrapassou os 80 Km. Tá certo que o Kênio depois de conduzir o
Adriano e eu para uma subida gigante, empoeirada e esburacada descobriu que ele
não conhecia o caminho e depois de
sermos avisado pelo nosso apoio retornamos para a rota certa. “...uma viagem
também se faz por caminhos errados” teria dito Confúcio se tivesse convivido com
o Kênio.
No povoado de Palmeirinha Velha |
Chegamos na fazenda de nosso
amigo e guia Aurélio em um entardecer vermelho cuja trilha sonora era por conta
das araras.
Noite de Yakisoba, cerveja,
conversa e cama. No dia seguinte saímos
rumo à Cabeceiras de Goiás. Um trajeto bonito pra pedalar. Começava a aparecer
os primeiros cajuzinhos do cerrado.
Consertamos o cabo do câmbio da bike do Roberto. E saímos em direção à cidade
de Vila Boa de Goiás.
Passamos perto do Poço Azul, mas a entrada estava proibida, não descobrimos o porquê.
Depois de percorrermos um bom trecho de estrada de terra, chegamos para almoçar em um Posto de Gasolina às margens da BR 020.
Tour pela BR 020 |
Vencendo um aclive |
Primeiro pneu furado |
Depois de Vila Boa de Goiás saímos em direção à usina processadora de cana da CBB, Uma estrada boa para se esquecer, muita costela-de-vaca. Estávamos acostumando com o asfalto da 020.
Um lanche na beira de uma barragem. |
Pedalamos rumo à represa do Paranã, onde o Eduardo havia reservado um pintado ao molho para o almoço.
Depois de cerca de 70 Km chegamos para almoçar. Tínhamos ainda uns 80 Km até o Forte, no Município de São João da Aliança.
Há ainda na Pousada da dona Dóra, além dos quartos com camas, uma área com barracas montadas, para os hóspedes.
A noite nos alcançou à caminho do Forte, nossa água acabou e tivemos que pedir água na casa simples de Dona Maria e Seu João na beira de um ribeirão. Quando perguntei o nome do Córrego, eles responderam juntos "esse aí é o Ribeirão". Primeiro acabamos com a água da cabaça que eles nos ofereceram, depois eles trouxeram mais uma vasilha com mais água. A pequena casa não tinha energia elétrica, mas tinha uma família abençoada.
O carro de apoio nos alcançou, isso mesmo, moemos as correntes e andamos um tempão na frente do carro. Fizemos um lanche, abastecemos de água e partimos, o apoio na frente pra já encomendar o jantar.
Hospedagem no Povoado do Forte - GO |
Há ainda na Pousada da dona Dóra, além dos quartos com camas, uma área com barracas montadas, para os hóspedes.
Experimentei a fruta pão empanada servida no jantar e fiquei fã da iguaria.
O quarto dia- Para Alto Paraíso.
Mais um pneu furado, oportunidade pra descansar. |
Este foi um dia duro, no início um pedal supertranquilo, atravessamos o rio macaco e no final pegamos uma serra bruta e desumana de uns 25 Km, com raras descidas e subidas descomunais que com o sol do meio dia era um verdadeiro suplício.
Depois disso foi só alegria, chegada na pousada Rosa e passeio para São Jorge no dia seguinte. Ao todo foram 449 Km rodados.
Triste foi só ver a Chapada com pouca água. Mas no dia em que chegamos em São Jorge caiu uma boa chuva.
Partindo pra São Jorge. |